Gosto de pensar que as histórias têm apenas princípio e meio. Nunca um fim.
É bom pensar que as pessoas que o acaso afasta de nossas vidas não acenaram uma despedida. Apenas foram, e daqui a pouco estarão de volta.
Pensar assim engana o coração e serve de alento, porque faz com que não nos detenhamos no sofrimento, na saudade e na certeza de um “nunca mais”. Sem um aceno de despedida, ficam as sensações de incerteza
e de espera que dão a doce ilusão de continuidade.Pensar assim engana o coração e serve de alento, porque faz com que não nos detenhamos no sofrimento, na saudade e na certeza de um “nunca mais”. Sem um aceno de despedida, ficam as sensações de incerteza
Claro, é inevitável a saudade pelas ausências.
Muitas vezes as lembranças vão arrancar sorrisos disfarçados de “tá tudo bem”... Mas se algumas separações são necessárias ou inevitáveis, prefiro pensar esses momentos apenas como a pausa de um viajante que descansa à beira do caminho, sem saber exatamente para onde seguirá depois.
Não gosto de dizer adeus. Prefiro o “até algum dia”. Isso me permite parar exatamente no meio da história, sem o direito ou o dever de chegar ao fim. Porque todo final é triste.
Porque um “fim” pode significar um “nunca mais”.
E “nunca mais” é tempo demais...
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.Helena Chiarello
4 comentários:
Fantástico! Flor, você escreve bem em todos os gêneros, hein? Sou fã!
Estou encantada.. Nunca tinha passado por aqui... e reafirmo.. SOU SUA FÃ.....
Simplesmente lindo!!!
bjos
Como diz a letra da música: "não aprendi a dizer adeus", eu sou exatamente assim, odeio despedida e não gosto de finais!
Beijão!
É verdade,Helena! Muitas vezes, não queremos dizer nunca mais, nem adeus! Tu és maravilhosa !Um beijo,Chica
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