Foto: Helena Chiarello - arquivo pessoal |
Não sei por que às vezes gosto de ouvir música mais alto. Mesmo essa, que ainda há pouco sussurrava e se fez ouvir de dentro de um abraço. A mesma que me leva agora a mão ao botão do volume para colocá-lo numa altura que, quem sabe, o pensamento não alcance.
Talvez, para silenciar o tempo.
Talvez, para não ouvir a saudade.
Ou para ensurdecer todos esses quilômetros que te afastam de mim, enquanto.
Talvez, para não ouvir a saudade.
Ou para ensurdecer todos esses quilômetros que te afastam de mim, enquanto.
(É noite. Ainda chove lá fora. Alanis quase grita ao invés de cantar, agora).
Helena Chiarello
11 comentários:
Stella mia,
Eu sei por que às vezes gosto (também) de ouvir música bem alto. É que meus braços não conseguem (ainda)distrair tanta distância pra mantê-la dentro do meu melhor abraço.
Então, meu pensamento te alcança, silencia o tempo e dá contornos de som a saudade inútil, enquanto meu coração dispara estradas e curvas e noites e me leva até teu melhor sorriso, meu melhor berço, meu melhor colo, meu melhor norte, meu melhor amor, minha melhor amante...
E Alanis sussura, outra vez, em nossos ouvidos cúmplices, seu canto de nós dois.
amo vc, lourinha,
barba
Músicas sempre a embalar a alma, e sempre no máximo volume que ela pede.
Assim é, Helena. A mesma música pode ser ouvida suavemente ou em um volume mais alto, só depende da situação em que se encontra o coração quando ela toca.
Estava com saudades dos teus poemas...
Helena,
Essa saudade muitas vezes é dolorida demais. E como é lindo silenciar a saudadade dessa forma.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
Adorei conhecer seu blog.
Abraços,
Leonice.
Helena!!!
Adoro essa música...
E várias outras da Alanis.
E que fotos espetaculares!!!
Beijo, linda!
Música... cuida da alma...
Saudades... sem tempo de postar, de ler...
mas estou voltando..
Saudades saudades..
bjos
Helena, talvez seja para ouvir a si própria enquanto...
Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
As vezes uma musica...noutras o silencio...e sempre a saudade. Não esqueci de ti, amiga. Um abraço com carinho
Helena... por entre minhas andanças em seus versos, encontrei ainda mais de mim, encontrei Neruda, uma das minhas grandes paixões... os filmes me levaram até ele... "O Carteiro e o Poeta" e "Patch Adams", foi amor a primeira vista...
Tenho seus sonetos como livro de cabeceira...
Continuei passeando pelos seus versos, e mais uma vez fiquei paralizada com a força que encontro em cada palavra, frase, verso que você escreve.
Corri vestir um xale de lã... e continuei passeando pelos seus versos, suas cidades, seus encantos que me encantam... quanta cultura encontro pelos caminhos daqui...
Aí, encontrei a Alanis... por acaso... e com suas palavras acordei o Rê e disse: corre, vem ler aqui... e nos deliciamos nesse "cantar", nos lembramos de quando distantes sentíamos e vivíamos essa saudade e que às vezes uma música ouvida bem alto escondia essa dor temporal... Alanis, tantas vezes antes mesmo de conhecer o Rê eu gritei com ela, me via em algumas letras e pensava... hummm essa garota me entende! "Mary Jane" do mesmo CD é uma poesia, triste... mas é... enxergo nela uma beleza louca... e cantava, cantava... e gritava também.
Pedindo licença agora: "conheci" o Barba, e agora entendo sua inspiração de vida... não há uma palavra que descreva o que li por aqui... talvez duas, me atrevo a dizer: "almas gêmeas". Com respeito e silêncio, me encantei pelos dois. É isso, encantamento!
Helena querida, não dá vontade de parar, isso vai virar um livro...rs
Obrigada pelas, mais que, palavras que você deixa no meu cantinho, tenha certeza que tem sido uma honra pra mim, me atrevo a escrever desde adolescente, mas sempre guardei tudo pra mim, tenho um montão de coisas escritas, mostro pouco, para o Rê, minhas irmãs e pouquissímos amigos, e de repente me vi colocando o silêncio no blog... acho que foi por inspiração em ler vocês e talvez querer participar mais dessa união linda que encontrei naquilo que dizem ser irreal, porém tão REAL, mais que real, algo que se pode tocar sem tocar de fato, mas que toca muito mais que muitos apertos de mãos e abraços... Obrigada bem grandão pra você! Beijos e um dia quente de sol, calor a amor interior! Su.
opsss: paraliSada... (sorry!). Su.
Postar um comentário